Traição: será que o nosso @ fazer sexo com outras pessoas deve ser mesmo a maior preocupação do nosso relacionamento?
Taí um tema difícil de tratar com leveza e descontração, como a gente sempre faz aqui no blog: traição. Por que será que a traição dói tanto na gente? Existe algum jeito de perdoar ou então de nos recuperarmos mais rápido de um baque como esse?
De acordo com um levantamento do Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) da USP, a probabilidade de existir infidelidade em um relacionamento fica nos 50/50 entre homens e mulheres.
Ou seja: seja qual for o motivo por que os homens traem, as mulheres também não ficam muito atrás na estatística.
Mas não podemos deixar de dizer: tem uma diferencinha, né? Quando somos traídas, podemos até destruir um bem, fazer um escândalo e tudo mais, mas quando traímos, corremos risco de vida.
Atualmente a taxa brasileira de feminicídios é registrada como a 5ª mais alta do mundo. O Mapa de Violência de 2015 aponta que, entre os anos de 1980 e 2013, mais de cem mil pessoas morreram simplesmente pelo fato de serem mulheres.
Pronto, militância registrada, agora vamos ao que interessa: traição, por que você dói tanto, hein minha filha?
Traição. Como explicar esse sentimento?
Se houvesse um nome para a sensação de ver e sentir o mundo desmoronando à nossa volta, talvez ele explicasse bem o que é descobrir uma traição.
Passamos meses, às vezes anos das nossas vidas dedicando o nosso tempo, a nossa atenção e construindo um relacionamento, algo que deveria servir como porto seguro e, num piscar de olhos, a outra pessoa envolvida consegue passar com um rolo compressor em cima de tudo.
Sobre expectativas e combinados
Trair é descumprir um combinado, um compromisso que a pessoa fez com a outra, e não acontece apenas em relacionamentos amorosos.
Pode ocorrer também no ambiente de trabalho, nas amizades, dentro da família, enfim, se existe algum nível de lealdade e parceria, existe a possibilidade de traição.

Enquanto estamos em um relacionamento fechado e monogâmico a regra tradicional e mais comum é: só beijar, transar e fazer carícias íntimas na pessoa com quem estamos.
É algo tão enraizado e construído socialmente que dificilmente é conversado – no sentido de ser automático para os casais – e pode definir até a seriedade de um relacionamento novo.
Quando uma pessoa diz que está “ficando sério” ou “exclusiva” a gente já sabe que o relacionamento, por mais descontraído e informal que seja, é monogâmico.
Claro que um namoro traz muito mais combinados e compromissos, mas ao ficarmos sério ou exclusivas de alguém, o que queremos dizer é: estou transando só com essa pessoa e, a partir daí, ficar com outras já é considerado uma traição.
Descobrir uma traição é levar um choque muito grande, que reúne desamparo, deslealdade, desrespeito, invasão, mágoa, tristeza, fúria etc.
Mas de onde vem esses sentimentos todos?
Afinal de contas, descumprimentos de combinados acontecem, às vezes por motivos de força maior, e não ficamos tão abaladas quanto essa mancada em específico.
O que o coletivo tem a ver com a traição no meu relacionamento?
O coletivo influencia – e muito – as nossas atitudes e comportamentos. Dá só uma olhada no experimento social abaixo:
Nesse experimento, foi comprovado que, depois de algum tempo, todas as pessoas da sala estariam se levantando e se sentando sem saber o porquê, simplesmente porque os outros também estavam fazendo isso.
Surreal, né?
O que nos leva a refletir sobre as raízes dos problemas da traição.
Primeiro: o conceito de monogamia. Você sabia que, de todos os mamíferos que a biologia já catalogou, apenas 5% são monogâmicos?
A antropologia nos diz que os seres humanos se tornaram monogâmicos porque, lá atrás na evolução, isso facilitava a criação dos filhotes.
Mas agora, no mundo moderno, isso ainda faz sentido?
Será que, na evolução da humanidade, não somos apenas as pessoas que se sentam e se levantam na sala sem saber o porquê?
Vale pensar um pouquinho se a gente realmente acredita na monogamia ou se ela é apenas uma construção social, algo que nos foi ensinado, e recomeçar daí.
Autoestima: um problema que também atrapalha o relacionamento
É fato que muitas mulheres não se conhecem, não sabem o que dá prazer a elas e, muitas vezes, não conseguem se soltar na cama.
(Mas convenhamos que tem muito homem ruim de sexo por aí que se acha o máximo, né?)
Inclusive, essa é uma das missões da Diversão e Amor: proporcionar conhecimento e muito prazer a todas vocês!
Ah! E longe de nós justificar uma traição com esse argumento, afinal de contas não acreditamos que a traição seja inevitável: ela é consensual e, convenhamos, dá para parar sim, né?
A traição não é um tropeção na rua, ela tem combinados, conversas, desejos proibidos, planejamento.
Basta pensar um pouquinho na pessoa que deposita sua fé na gente e lembrar o quanto isso pode magoá-la, para ficar fácil parar com as atitudes traidoras.
Isso se a pessoa tem bom senso e caráter, né?
Dito isso, são vários fatores que podem levar uma pessoa a trair, e com comunicação e transparência das duas partes, essa mancada pode ser evitada.
A traição é também um golpe no nosso ego: será que não sou boa o suficiente? Será que ela é mais nova? Será que é mais bonita? Mais magra?
E assim reproduzimos o comportamento de praxe de toda uma sociedade: culpar a vítima.
Gata, tenha isso em mente: a culpa não é sua. Ele(a) teve todas as chances de conversar, explicar o que incomoda e até de terminar o relacionamento. Não fez porque não quis.
Não é culpa sua!
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Ufa, o texto hoje foi bem mais reflexivo que os outros, né? Se você buscou por esse conteúdo porque está enfrentando um problema como a traição, esperamos que você encontre algum conforto nas nossas palavras.
Forças, ícone!
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Imagem destaque: Pixabay – Stokpic