Tire todas as suas dúvidas sobre relacionamento aberto

23 de junho de 2022

Relacionamento aberto não é bagunça! Você tem dúvidas sobre esse tipo de relação? Vem com a gente aprender mais!

 

Existe um equivocado consenso coletivo de que o relacionamento aberto é um tipo de namoro ou casamento para pessoas imaturas, que querem “trair sem culpa”. 

Isso não poderia estar mais longe da verdade.

Pessoas que optam por esse tipo de relacionamento são muito mais conscientes das próprias personalidades, o que lhes faz feliz ou não, independentemente do que as outras pessoas, que não estão dentro da relação, acham adequado ou não.

Uma coisa é certa.

Nessa vida, que é curta e passa muito rápido, nosso objetivo deve ser apenas um: sermos felizes, desde que a nossa felicidade não prejudique a trajetória de ninguém.

Dentro disso, vale tudo!

 

O que é relacionamento aberto

Primeiramente, é importante estabelecer as diferenças entre relacionamentos abertos e relacionamentos fechados. 

O relacionamento fechado é o que conhecemos como tradicional: duas pessoas que se gostam e mantêm relações sexuais, de carinho e afeto apenas uma com a outra.

Em outras palavras, um relacionamento monogâmico.

 

Fonte: dicio.com.br

 

Envolve a fidelidade sob o ponto de vista de que traição é engajar em relações sexuais com outras pessoas e tudo que envolve direta ou indiretamente a sexualidade.

Como beijos, abraços insinuantes, carinhos íntimos, flertes, enfim, as nuances desse conceito variam de casal para casal.

A regra majoritária é o sexo com outras pessoas ser estritamente proibido de fato.

O relacionamento fechado é monogâmico, muito comum em muitas civilizações ao redor do mundo e considerado a norma social, por assim dizer.

Já um relacionamento aberto tem suas próprias regras.

A premissa básica do relacionamento aberto é que o casal não considera traição se envolver sexualmente e, em alguns casos, até amorosamente com outras pessoas fora da relação original.

Trata-se de um relacionamento poligâmico, em que os dois envolvidos são parceiros fixos, mas podem explorar sua sexualidade com outras pessoas também. 

 

Outras configurações de relacionamento

É importante ressaltar, porém, que existe ainda uma outra diferença: no mundo moderno há outras configurações de relacionamentos, como os trisais, por exemplo, compostos por três pessoas.

Não necessariamente um trisal será composto por um relacionamento aberto.

As três pessoas podem se amar e considerar traição transar com outras pessoas, fora do relacionamento, por exemplo. 

Existem ainda os casais que navegam pelos dois formatos, dependendo da situação.

Muitos casais praticam swing e BDSM por exemplo.

Dessa forma, podem se considerar em um relacionamento fechado no dia a dia, mas frequentar estabelecimentos destinados à troca de casais, entre outras práticas.

Assim, podem exercer sua sexualidade de maneira não convencional. 

 

Vantagens do relacionamento aberto

O interessante de ter um relacionamento aberto é que você e seu parceiro ou parceira criam suas próprias regras, não necessariamente tendo que seguir o senso comum, o que “todo mundo faz”.

Outra vantagem do relacionamento aberto é que você se vê mais livre para descobrir o sexo de muitas maneiras diferentes.

Isso tudo além de estar sempre conhecendo pessoas novas, vivendo aventuras e contribuindo inclusive para a manutenção do relacionamento, trazendo novidades e ideias de reacender a chama sempre.

Aqui o conceito de traição muda completamente. Você e seu amor, ao criar os próprios combinados, constroem também novas formas de encarar a parceria, a vida juntos. 

Além do mais, ter um relacionamento aberto pode ser muito libertador para o casal, principalmente quando as duas pessoas se amam mas têm estilos de vida diferentes.

Por exemplo, se um gosta muito de sair e o outro prefere ficar em casa, se um gosta de ver os amigos e outro gosta mais de visitar exposições e outros programas…

Cada um pode fazer o que quiser sem o peso de se preocupar se o outro está contente, se está feliz e fazendo o que gosta.

É uma liberdade que muitas vezes o relacionamento fechado não proporciona.

 

Relacionamento aberto não é pra todo mundo

Durante toda a nossa vida, principalmente a nós mulheres, a sociedade vende um conceito restrito do que significa um relacionamento de sucesso.

Aquela ideia de ter um casamento heterossexual, em que a mulher fica em casa e cuida dos filhos enquanto o homem sai para prover pode até parecer ultrapassada para os millenials e a geração Z, mas ainda é o normativo.

Nós sabemos com conhecimento de causa que essa estrutura de família margarina é uma falsa idealização do que significa ter um grupo de pessoas com quem nos preocupamos, amamos e queremos dividir a vida.

 

Assim como os relacionamentos, as famílias também têm muitas configurações. 

O que determina seu sucesso é a felicidade de seus integrantes, e não o quão próximo eles estão do padrão social ou então algum patamar financeiro.

Partindo desse princípio, assim como a família margarina não é a realidade de muitas pessoas, o relacionamento aberto também não é para todos.

Ao longo da nossa vida, somos bombardeadas de “relacionamentos de sucesso”, visões bastante deturpadas do que significa o amor de fato.

O amor que conhecemos é muito mais uma sensação de posse do que de amor em si. O MEU marido, a MINHA mulher. Convenhamos, ninguém é de ninguém.

Antes de desenvolvermos os padrões sociais que conhecemos hoje, antes de criarmos uma civilização organizada de fato, o sexo já era um ato natural para os seres humanos.

Na própria biodiversidade existem animais que não conhecem, muito menos praticam os hábitos monogâmicos.

Então, quando paramos para refletir sobre esse ato e sua naturalidade, deixando de lado esses padrões a que somos expostos desde a primeira infância, conseguimos ver sentido nos relacionamentos abertos.

Contudo, muito poucas pessoas conseguem de fato chegar a esse desprendimento na vida real.

É muito difícil imaginar a pessoa que amamos saindo por aí beijando, flertando e transando com outras pessoas, gostando de fazer isso, sem pensar que ela não tem consideração ou não nos ama de verdade.

 

Respeito, por outro lado, é dever de todos

Que reflexão, hein?!

Partindo de todas essas coisas que vimos no texto de hoje, o que fica é uma lição muito importante: se você não é uma pessoa do relacionamento aberto, tudo bem!

Muita gente não é.

Mas a gente tem que respeitar o relacionamento dos outros, viu? Nada de dizer por aí que relacionamentos abertos são para pessoas imaturas ou “libertinas”.

E a recíproca é verdadeira! Tem gente que só consegue se relacionar de maneira monogâmica. Não significa que essas pessoas são egoístas por causa disso.

Respeito é bom e todo mundo gosta.

 

O que fazer quando um quer abrir o relacionamento e o outro não?

A pergunta de milhões!

É comum que as pessoas tenham esse tipo de conversa hoje em dia, afinal de contas o mundo é muito plural e cada um pensa de um jeito.

Do mesmo modo, ninguém é obrigado a abrir um relacionamento se não quiser.

A recomendação mais saudável é que o casal converse sobre quais são as motivações de um para querer abrir a relação e de outro para que não queira fazer isso.

O ideal é que ambos cheguem a um consenso sobre o melhor caminho a ser seguido, inclusive se esse caminho for longe um do outro.

A felicidade dos dois deve ser a prioridade.

Sabemos como isso pode ser difícil, portanto é legal contar com ajuda profissional caso a conversa entre os dois não renda bons frutos.

 

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