Ainda tem muito tabu sobre a masturbação feminina. Ela vicia? Pode dar infecção? Tem como pegar doenças sexualmente transmissíveis? Descubra tudo neste conteúdo!
A masturbação feminina, apesar de ter ganhado muitos espaços nas discussões entre as mulheres e aliados da pauta feminista, ainda é considerada um tabu muito grande.
Isso porque as mulheres – pelo menos a maioria delas – ainda não se sentem confortáveis em tocar o próprio corpo, se auto descobrir e se transformar numa pessoa autossuficiente quando o assunto é prazer.
E sim, você pode ser independente no quesito prazer sexual através da masturbação. É totalmente possível.
Basta começar, mesmo que no início se sinta um pouco boba e até sem graça, mesmo estando sozinha.
Lembre-se que passamos a vida inteira sendo oprimidas nesse sentido, enquanto os homens são incentivados e às vezes até ensinados que a masturbação é algo normal e cotidiano. Para nós também deveria ser.
Veja a seguir algumas constatações baseadas em ciência e estudos sociais sobre a masturbação feminina que podem te ajudar a iniciar essa jornada!
Masturbação feminina ajuda no alívio das cólicas
Ao se masturbar e, principalmente, ao chegar no orgasmo, duas substâncias importantes são liberadas no corpo: dopamina e endorfina.
A primeira ajuda a aliviar a tensão, inclusive muscular, responsável pelas contrações uterinas, e a segunda é conhecida como o hormônio do bem-estar, uma vez que provoca uma sensação de felicidade, alívio e alegria.
Então na próxima vez que estiver sentindo dores durante a menstruação, experimente se masturbar e alivie a tensão!
Pode ajudar a evitar doenças
Muito pelo contrário do que muita gente acha, a masturbação não causa doenças, mas ajuda a evitá-las.
É o que dizem os estudos dos pesquisadores Anthony Santella e Chenoa Cooper, que em parceria com a Universidade de Sidney descobriram que a prática regular de masturbação feminina pode diminuir as chances de uma mulher desenvolver diabetes tipo 2.
Isso acontece porque o hábito libera cortisol, hormônio que diminui o estresse e ajuda a combater a depressão, duas coisas que estão diretamente ligadas à doença. É mole?
Ah! E o cortisol também é um parceiraço de quem tem insônia. Logo depois do orgasmo, o corpo relaxa intensamente.
Sabe aqueles dias terríveis em que você vai dormir pensando num monte de problema e não consegue dormir em paz? Experimente se masturbar. Você vai ver como vai ser mais fácil pegar no sono.
E tem também a questão de a masturbação diminuir os riscos de desenvolver uma doença cardiovascular.
Durante o ato, ocorre um aumento no fluxo sanguíneo, respiratório e cardíaco, o que leva o corpo a entender que acabou de se exercitar.
Esse exercício fake, digamos assim, tem os mesmos efeitos do exercício normal nesse sentido: melhora o sistema imunológico.
Ao contrário do que muita gente pensa, a intensidade do orgasmo gerado pela masturbação feminina não mata ninguém do coração. Inclusive, ajuda na saúde dele!
Para algumas culturas, a masturbação feminina ainda é uma prática pecaminosa
Em diversos lugares do mundo – inclusive no Brasil – a masturbação é vista como algo impuro, incorreto.
Para algumas religiões, o sexo é um ato exclusivamente reprodutivo e o prazer não deve ser incentivado, sentido ou mesmo descoberto, por ser considerado ruim e errado.
Essa desinformação leva a mais de 3 milhões de mutilações vaginais em meninas no mundo todo, de acordo com um relatório da ONU.
Engraçado que as mutilações são feitas apenas nas mulheres. Será que os deuses aprovam essas atrocidades?
Eu ouvi falar em sujeira?
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a masturbação feminina não é algo sujo ou que facilita o desenvolvimento de infecções.
Os mesmos pesquisadores que descobriram sobre os efeitos da masturbação na prevenção da diabetes tipo 2, Anthony Santella e Chenoa Cooper, também perceberam que o ato ajuda a proteger as mulheres de infecções cervicais e urinárias.
Isso porque durante a excitação o colo do útero é esticado, algo que permite uma circulação melhor de fluidos e eliminando bactérias mais facilmente. Tá bom ou quer mais?
A masturbação feminina está deixando de ser um tabu
Em 1953 o sexólogo Alfred Kinsey fez um levantamento com mulheres e mostrou que 62% das entrevistadas já se masturbavam na época.
O estudo foi refeito em 2008 e as respostas afirmativas subiram para 92%. Aos poucos estamos deixando o tabu de lado e conversando mais sobre isso, além de praticar de fato também.
Que ótimo! As mulheres estão se sentindo cada vez mais confortáveis para falar e se masturbar sem medo de serem condenadas ou coibidas.
A maioria das mulheres só chega no orgasmo assim
Em 2017 a USP fez um estudo que revelou que mais da metade das mulheres sentem dificuldade para chegar ao orgasmo e a maioria só atinge na masturbação mesmo.
Isso acontece porque a maior concentração de terminações nervosas se encontra no clitóris, e não na vagina.
Portanto a penetração pode ser prazerosa, mas nem de longe é o ato que gera mais prazer para a maioria das mulheres.
Aliás, o uso de brinquedos adultos pode ser decisivo para atingir o clímax para algumas mulheres.
Mitos e verdades sobre a masturbação feminina
Posso pegar uma DST me masturbando? Mito se você estiver fazendo isso sozinha, mas caso use brinquedos eróticos e compartilhe com outras pessoas, pode ser verdade. Sempre proteja os brinquedos com preservativos.
É possível perder a virgindade se masturbando? Mito se você estimular apenas o clitóris, mas verdade se usar vibradores e outros brinquedinhos que servem para penetração.
Lembrando que o hímen pode se romper apenas com sex toys, mas a pluralidade anatômica dessa membrana é tão grande que algumas mulheres podem nem nascer com ela. Veja mais sobre esse assunto clicando aqui.
É mais fácil ter um orgasmo na masturbação feminina do que fazendo sexo com outra pessoa? Verdade, porque na masturbação você sabe o que dá mais prazer e no sexo, precisa guiar a outra pessoa.
Masturbação feminina vicia? Mito, não há uma frequência masturbatória exata que seja considerada demais, mas a partir do momento que a prática começa a atrapalhar outras áreas da vida, é importante investigar com a ajuda de psicólogos e terapeutas.
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