O sexo na gravidez é perfeitamente normal e saudável na maioria das gestações, e pode trazer benefícios para o relacionamento com seu par.
A gestação é um dos períodos mais especiais da vida de uma mulher. Mas como fica o sexo na gravidez? Muitas pessoas têm dúvidas sobre isso. Por esse motivo, é importante saber que o sexo, em geral, pode acontecer normalmente. São poucas as contraindicações.
Se o médico especialista der o OK, as relações sexuais não afetam o bebê. Elas podem, ainda, ser benéficas para o casal. Basta escolher posições confortáveis e se divertir.
Além disso, o desejo pode sofrer alterações por motivos físicos e psicológicos. É fundamental ter consciência do que estiver acontecendo nesse sentido. Desse modo, será possível lidar da melhor forma possível com a situação. Continue lendo e entenda todos esses aspectos do sexo durante a gestação!
Sexo na gravidez: vencendo tabus
As mulheres ainda precisam lidar com tabus envolvendo suas vidas sexuais. Com o sexo na gravidez não é diferente. Agora, elas passam a ser vistas como mães. Isso pode influenciar um pouco na sua sexualidade. Por isso, é preciso entender que, embora sejam mães, elas continuam sendo mulheres com desejos e necessidades sexuais.
Em uma gestação típica, não existem contraindicações para a atividade sexual. Ela não prejudica a gravidez e nem o bebê, e pode ser benéfica para a gestante e para o casal. O primeiro passo é ter um acompanhamento pré-natal adequado, com o acompanhamento de um especialista. Se esse profissional autorizar, o sexo pode acontecer sem maiores preocupações. Existem, no entanto, algumas situações em que se recomenda não praticar sexo. Veja a seguir.
Quando o sexo é contraindicado na gestação
Se a gravidez tiver riscos ou complicações, a recomendação médica provavelmente será para se abster do sexo. Se a mulher tiver um histórico de aborto espontâneo ou tiver alguma ameaça de aborto, como sangramento ou contrações antes do tempo, deve-se evitar o sexo. Isso porque a prática sexual pode estimular as contrações e propiciar um aborto espontâneo.
É preciso tomar cuidado com o sexo, também, caso a mulher tenha hipertensão, que pode estar associada a um quadro de pré-eclâmpsia. Se houver má formação da placenta, chamada placenta prévia ou baixa, é preciso evitar atividades físicas de forma geral, incluindo o sexo. Pode ser preciso refrear o desejo também em caso de risco de parto prematuro, problemas no saco amniótico, e de gestações de gêmeos, trigêmeos, etc.
Apenas um médico especialista em acompanhamento pré-natal poderá dar a garantia de que o sexo durante a gravidez será seguro para a gestação. Ou poderá identificar possíveis riscos e fazer as melhores recomendações específicas para cada caso. De qualquer forma, se o sexo for contraindicado para a sua gestação, procure manter a intimidade com seu par de outras formas. Existem várias maneiras de trocar carinhos e manter a proximidade afetiva até que o sexo seja possível novamente.
Como fica o desejo na gravidez
O desejo na gravidez varia de mulher para mulher. Algumas gestantes passam por um período com muitos desconfortos no primeiro trimestre da gravidez, com enjoos constantes, vômitos, dor nos seios, cansaço e muito sono. Por isso, é possível que o interesse pelo sexo diminua nesses casos, durante essa fase.
Já no segundo trimestre da gestação, esses sintomas normalmente não estão mais presentes. Muitas mulheres podem se sentir mais animadas e ocorre, também, um aumento de fluxo sanguíneo na região pélvica. Isso pode aumentar o desejo e a sensibilidade na área genital. Com isso, elas podem sentir um aumento do prazer nas relações sexuais.
Por outro lado, existem mulheres que começam a ficar inseguras com o próprio corpo por causa das mudanças ocasionadas pela gestação. Nesse caso, pode haver uma diminuição do interesse por buscar a relação sexual. Esses fatores podem se tornar ainda mais relevantes no terceiro trimestre da gestação.
O parceiro sexual de uma mulher grávida também pode ter seu desejo afetado por fatores psicológicos. Ao enxergar as mudanças no corpo da mulher, alguns homens sentem-se mais atraídos pela parceira, enquanto outros podem se sentir inibidos sexualmente.
É crucial que exista um diálogo aberto e franco sobre como cada um se sente a respeito do desejo sexual nesse período. Tudo bem se houver mudanças na frequência e na maneira como o sexo ocorre. Desde que ambos estejam afetivamente próximos e em sintonia, o relacionamento vai continuar sendo saudável e satisfatório. Afinal, o sexo é um elemento importante para um relacionamento saudável, mas não é o único e essa intimidade vai além da relação com penetração.
Benefícios do sexo na gravidez
O sexo traz muitos benefícios para o casal, e isso é verdade também no período da gestação. Além de contribuir para um relacionamento saudável, fazer sexo é bom para a saúde. As relações sexuais podem proteger o coração, reduzir a pressão arterial no repouso, fortalecer os músculos e até mesmo as defesas imunológicas do organismo. Durante o sexo também ocorre a liberação de substâncias que aumentam a sensação de bem-estar.
As melhores posições sexuais para grávidas
Principalmente conforme a gestação avança, encontrar uma posição para o sexo pode ser desafiador. Em linhas gerais, o que se recomenda é que as posições sejam confortáveis. Normalmente, é indicado que o par não faça pressão sobre a barriga da mulher. Então, se for fazer um “papai e mamãe”, por exemplo, é necessário adaptar a posição para que o homem não se deite sobre a mulher, ficando com o torso levantado. Pode ser interessante, também, colocar um travesseiro sob o quadril da mulher, para facilitar o orgasmo.
Quando o volume do útero já está maior, não se recomenda, também, que a mulher se deite de costas. Então, posições de lado, como a de “conchinha”, podem ser as mais indicadas. Até porque, nessa posição, a penetração não é tão profunda. Além disso, as mãos ficam livres para que o casal possa fazer carícias e aumentar a intimidade.
E já que estamos falando em mãos livres, a masturbação mútua pode ser uma excelente alternativa para aumentar a excitação e a proximidade entre ambos. Essa é, também, uma forma de facilitar o prazer feminino com o estímulo do clitóris. Vale a pena, também, investir em preliminares para aumentar a excitação dos dois.
O bebê fica bem protegido
Não é preciso se preocupar com o estado do bebê durante o sexo, porque ele está bem protegido pela musculatura do útero, e o colo do útero tem cerca de 5 centímetros de espessura, o que impede o contato do pênis com o bebê. Existe, ainda, o líquido amniótico, que envolve o feto e protege de choques mecânicos, e um tampão mucoso, que fecha a entrada do útero.
O bebê pode sentir um aumento na frequência respiratória e cardíaca da mãe, além de possíveis contrações. Essas sensações não o incomodam e não causam nenhum prejuízo em uma gestação normal. As substâncias que são liberadas durante o orgasmo e aumentam o bem-estar também podem atravessar a placenta, tendo um efeito benéfico para o feto.
Sexo no pós-parto
Depois do parto, seja ele normal ou por cesárea, é necessário se abster de relações sexuais por um período de, no mínimo, 40 dias. Esse período é necessário para que o corpo da mulher se recupere. No caso da cesárea, é necessário para a cicatrização do corte. No caso de parto normal, é necessário para a cicatrização do útero e de microfissuras no canal vaginal, além de possíveis cortes que possam ter sido feitos para ajudar na saída do bebê.
Mesmo após o período de resguardo, a volta à prática sexual pode ser dolorosa nas primeiras vezes. Isso ocorre pela diminuição na lubrificação vaginal, devido a alterações hormonais relacionadas com a lactação. Com a volta da menstruação, a situação tende a se regularizar de forma espontânea.
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